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Entrevista com a nova técnica do Instituto Ares Fernanda Lima

A nova técnica do time de basquete adulto masculino do Ares contou um pouco da sua trajetória e as expectativas para a Copa ES de Basquete 2018.

Reportagem: Pedro Amâncio



Liderar um grupo em busca de resultados não é fácil. Ainda mais sendo uma mulher no comando de um time masculino de basquete, em um Estado onde há pouco incentivo à categoria feminina. 

Desafio é sinônimo de superação para a nova técnica do time adulto do Ares. 

Fernanda Dutra Lima, de 24 anos, é a primeira mulher a comandar um time masculino de basquete na Copa ES. 

Para o novo desafio, ela traz o amor ao esporte, muita garra e conhecimento. Ela provou sua capacidade começando o ano com o pé direito, conquistando a vitória no Torneio Pré-Copa ES de Basquete.

A nossa conversa fugiu dos meios tradicionais de produção de uma entrevista, afinal, a nova técnica se dedica muito ao que ama e seu tempo é muito curto. Mas ela encontrou um tempinho e por meio das redes sociais, nos contou a sua magnífica trajetória.

A entrevista revelou uma história de experiência, superação e persistência no que faz, evidenciando que a necessidade de cuidar da sua saúde, virou profissão.

Confira agora a breve entrevista com a Fernanda, a nova técnica do time adulto masculino do Instituto Ares.

1- Para quem não conhece, quem é Fernanda?

“Bom, difícil essa, mas vamos lá! Sou uma mulher determinada, com alto astral, explosiva e impulsiva as vezes. Gosto de viver todos os momentos intensamente com o se não houvesse o amanhã. Sou extremamente apaixonada pelo meu trabalho e vivo por ele”.

2- Como surgiu a paixão pelo basquete?

“Isso realmente foi bem intenso! Eu tinha 11 anos e tomava um remédio muito forte para alergia, e retém muito líquido no corpo O médico me aconselhou a praticar uma atividade física regularmente. O basquete foi minha última opção, pois achava que era apenas para meninos. Então hoje considero o Donizetti* como meu pai de coração, que me convidou para treinar e desde então nunca mais parei, virou um vício”.
*(Ex-jogador da seleção brasileira, atuando ao lado de Oscar Smitch).

3- Para chegar à experiência de hoje, que parceiros você teve ao longo desta caminhada?

“Meus maiores parceiros foram em primeiro lugar, meus pais e meus irmãos que nunca mediram esforços para me ajudar, sempre me incentivando independente dos obstáculos. Em seguida Donizetti e sua esposa Samantha, que sempre me orientaram com muita paciência, amor e carinho. Os meus treinadores dos clubes Pará e Minas-MG, o Sirley e o Edgar. Eles tiravam leite de pedra para nos proporcionar o melhor e acreditaram em mim. E claro, o Felipe Saad, que me deu liberdade no Colégio Marista durante minha vida acadêmica, confiou em mim e me fez crescer.

Também tem meu amigo e professor Aldo Júnior, que me aguentou como atleta, como aluna acadêmica e hoje se encontra como meu atleta no Instituto Ares. Aldo foi meu Treinador em 2010 no Darwin, no qual me transformou da pior atleta do time para uma das mais importantes em poucos meses. Foi incrível o que ele fez, na realidade foi um milagre (risos).

4- O professor Aldo também é atleta do Ares e contribui sempre no Instituto com treinamentos e palestras na área do basquete. Se para a gente ele é muito importante, para você?

“Em 2011 ingressei na faculdade de Educação Física na UVV, e quem foi o primeiro professor a entrar na sala de aula? O próprio! Ainda no primeiro período ele criou um brilhante projeto ‘Escola de Treinadores’ e me fez o convite, eu ainda menina com 18 anos, não pensei duas vezes e entrei. Permaneci neste projeto durante os 4 anos de graduação, e Aldo?! ministrou várias matérias ao longo deste período. A escola de treinadores contribuiu da melhor forma possível. Através dessa vivência eu conseguia captar com mais facilidade  a teoria aplicada em sala de aula. Além de ter a oportunidade de vivenciar os dois lados, atleta  e treinadora, podendo assim compreender e ter um olhar diferenciado em diversas situações. Hoje, Aldo virou meu grande amigo e estou tendo a honra de dirigir meu grande mestre nesta competição”.

4- Como surgiu a oportunidade de comandar a equipe masculina do Instituto Ares? Como você encara este novo desafio?

“O convite surgiu através de uma conversa que tive entre o professor Aldo e o Ares, representado por Rogério. Traçávamos as nossas metas para o ano de 2018 e eles tiveram essa ideia. Aceitei, Claro! Quanta honra! Encaro como mais um novo desafio que sem dúvidas será positivo em minha carreira profissional. Até porque o time é composto por jogadores brilhantes, vários deles são treinadores de excelentes equipes a nível nacional. É uma troca de experiência muito rica”.

5- Você acredita que uma técnica comandar um time masculino é uma quebra de preconceitos?

“Acredito que é uma tentativa de quebra de preconceito que enfrento no cotidiano. Não só eu como muitas mulheres treinadoras que acompanho pelo Brasil. As vezes me sentia mais cobrada por ser mulher ocupando um ‘cargo masculino’ do que se fosse um treinador. Mas hoje já não me afeta mais, ignoro e sigo em frente”.

6 - Em breve acontece a Copa ES de Basquete 2018. O que você está preparando junto a equipe masculina ARES para este campeonato?

“A nossa equipe está super dedicada e cheia de expectativa para Copa ES 2018. Estamos nos preparando bastante em prol de bons resultados, que serão apenas consequência de todo esse processo”.

7 - Para você, o Ares tem chance de ser campeão desta copa?

“Acredito que nós temos grandes chances de sermos campeões da Copa ES 2018. Analisamos os nossos adversários e o nível está muito bom, são equipes respeitadas. Mas acredito que o nosso entrosamento gerará bons resultados, trabalharemos juntos para que isso aconteça”.

8 - Bem terminamos por aqui. Desejo sorte nesta nova caminhada junto ao Ares. Gostaria de falar mais alguma coisa?

“Sim! Estou muito feliz com essa nova etapa e gostaria de agradecer ao Instituto Ares pela confiança depositada. Prometo dar o meu melhor nessa missão. Especialmente ao Rogério e Aldo que sempre me apoiaram nesta caminhada. (Grito de guerra) Um, dois, três, Ares!”.

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